Os filmes da mostra

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Título original: 6 OU 12
Marrocos –1968 –18 min. –Digital
Gênero: documentário
Direção: Ahmed Bouanani, Abdelmajid R’chich e Mohamed Abderrahman Tazi
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: “Escolhemos as imagens de uma cidade, momentos: a ausência e a solidão de paralelepípedos molhados em uma festa sem graça que já terminou; de repente uma sombra; de repente um gesto, um passo, o mar ou o silêncio, o silêncio ou o choro, espera ou temor; sono ou insônia; um sinal de luz que surge, um coração dividido entre dois dígitos; nossos rostos na tempestade; duas figuras brilhantes esculpidas na testa, olhos, corpos a girar como ímãs na tempestade.”(Ahmed Bouanani).

Sobre os diretores

AHMED BOUANANI nasceu em 1938 no Marrocos. Ajudou a fundar o grupo Sigma 3 (com Tazi e Hamid Benani). Em meados dos anos 60 começou a fazer curtas-metragens. Em 1970, trabalhou como editor e roteirista de vários filmes no Marrocos. Sua produção A miragem (1979) é um marco no cinema daquele país. Faleceu em 2011. A 7a Mostra apresentará dois filmes de Ahmed Bouanani, 6 ou 12 e A miragem, que serão comentados pelo diretor Ali Essafi. Essa é uma homenagem ao grande cineasta em uma pequena representação de sua obra.
ABDELMAJID R’CHICH nasceu no Marrocos em 1942. Começou sua carreira como operador de câmera. Atuou como produtor e diretor, inclusive de fotografia. Escreveu e dirigiu vários curtas-metragens, como 6 ou 12, Al Borake La marche verte. Dirigiu ainda o filme L'Histoire d'une rose, que teve sucesso internacional. Em 2009 fundou a empresa Princart.
MOHAMED ABDERRAHMAN TAZI nasceu em Fez, Marrocos, em 1942. Fez faculdade em Paris e nos Estados Unidos. Seu primeiro longa-metragem, Le Grand Voyage, foi lançado em 1981. Também produziu e dirigiu Badis (1989), À la recherche du mari de ma femme (1994) e Hobby Lalla (1997). De 2000 a 2003 foi diretor de produções no canal de televisão marroquino 2M.
Título original: Alyam! Alyam! (The Days, The Days!)
Marrocos | 1978 | 80 min. | Cor | Digital
Gênero: ficção
Direção: Ahmed el-Maânouni
Elenco: Ben Brahim
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: Primeiro filme marroquino a ser selecionado para concorrer ao prêmio Un Certain Regard do Festival de Cannes, Alyam!Alyam! Oh, os dias! conta a história de um jovem camponês, Abdelwahed, que sonha em imigrar para a França para conquistar um futuro brilhante. Sua mãe, Halima, recentemente viúva e criando sete filhos, se opõe ao desejo do mais velho deles de ir embora. Mas para que seguir discutindo se os documentos não vêm? El-Maânouni pinta um retrato dolorosamente real da vida rural no Marrocos da época. Exibido no Festival de Cinema de Abu Dhabi em 2011. Recebeu vários prêmios.

Sobre o diretor

AHMED EL-MAÂNOUNI nasceu em Casablanca, Marrocos. Estudou economia, teatro e cinema na Sorbonnne (Paris). Também é formado em cinema (Institut National Supérieur des Arts du Spectacle et dês Techniques de Diffusion, Bruxelas). Trabalhou como roteirista, diretor de fotografia e de vários filmes. Sua filmografia inclui Burned Hearts (2006); a trilogia intitulada Maroc France, une histoire commune (2005-2006), La Vie et le règne de Mohamed V (1999); Les Goumiers marocains (1993) e Transes (1980).
Título original: Love Aborted
França | 1983 | 52 min. | Cor | Digital
Gênero: documentário
Direção e roteiro: Omar Amiralay
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: No ano que antecede a conferência de igualdade de gênero em Pequim, realizada em 1985, cineastas ao redor do mundo participaram da produção de documentários que tratavam da mudança de relacionamento entre homens e mulheres. O diretor Amiralay, convidado a explorar a mudança do status social e econômico da mulher no Egito, escolheu protagonistas femininas de diferentes classes –advogadas, atrizes, empregadas domésticas –e desafiou-as a revelarem a complexidade de seus mundos.

Sobre o diretor

OMAR AMIRALAY nasceu em 1944 em Damasco, na Síria, e faleceu em 5 de fevereiro de 2011. Estudou em Paris, na La Fémis, e voltou para seu país de origem em 1970. Teve uma formação artística diferente dos outros cineastas sírios, cuja grande maioria estudou na União Soviética e no Leste Europeu. Ficou conhecido pelo teor crítico de seus documentários e desempenhou um papel importante nos eventos da Primavera de Damasco de 2000. Sua filmografia é composta por 19 produções, entre elas Everyday Life in a Syrian Village (1974), The Lady of Shibam (1988), Light and Shadows (1994) e A Plate of Sardines (1997). A 7a Mostra Mundo Árabe de Cinema apresenta três produções importantes do diretor em uma homenagem ao seu trabalho corajoso e inovador. Exibe também outras que tiveram forte influência de Amiralay em um movimento importante de formação de cineastas sírios.
Título original: The Shooter
Palestina | 2007 | 8 min. | Digital
Gênero: documentário
Direção e roteiro: Ihab Jadallah
Idioma: árabe e inglês com legendas em português

Sinopse: A violência está implícita nas formas de se representar a Palestina pela mídia internacional. Em O Atirador, o diretor Ihab Jadallah trabalha essa questão de forma satírica e crítica. A produção é uma paródia em que palestinos representam, de forma consciente, personagens relacionados ao que são na vida real.

Sobre o diretor

IHAB JADALLAH nasceu em 1980 na Palestina, onde vive e trabalha. Estudou cinema na Espanha e dirigiu diversos filmes e documentários. Foi jurado de inúmeros festivais de cinema internacionais. É cofundador da Aanat Filmes, com a qual tem a intenção de fomentar uma nova geração de cineastas palestinos.
Título original: Phantom Beirut
Líbano/França | 1998 | 113 min. | 35 mm
Gênero: documentário
Direção: Ghassan Salhab
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: O filme se passa no Líbano no final da década de 80, quando Khalil volta para casa após dez anos de ausência. Uma década antes, durante a guerra civil, ele simulou a própria morte e adquiriu uma nova identidade. Seu retorno desperta tumulto, dúvidas e raiva entre seus amigos e antigos companheiros do exército. O diretor Salhab intercala a narrativa do filme com imagens de vídeo de atores discutindo o roteiro, proporcionando um ponto de vista pessoal sobre a experiência da guerra.

Sobre o diretor

GHASSAN SALHAB nasceu em maio de 1958 em Dakar, Senegal. Roteirista, cineasta e produtor. Além de fazer seus próprios filmes, Salhab colaborou em vários cenários no Líbano e na França e ensinou cinema na Academie Libanaise des Beaux Arts (Alba) e Université Saint Joseph (USJ). Em sua filmografia constam os longas-metragens Beirute fantasma, Terra incógnita, Le dernier homme e Autoportrait d'hier. Também fez vários curtas-metragens e vídeos, incluindo Posthume e Perdu Narcisse.
Título original: Al-Yazerli
Síria | 1972 | 95 min. | Preto e branco | Digital
Gênero: ficção
Direção e roteiro: Qays al-Zubaidi
Elenco: Muna Wasef, Barakat Adnan e Abbasi Abdulla
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: A estrutura poética da narrativa, com poucos diálogos e trilha emotiva, contrasta com a dura realidade vivida pelo jovem Al-Yazerli, que é forçado a deixar a escola e encontrar trabalho nas docas do porto. Com esse recurso, o cineasta explora o mundo de um menino cujo destino parece vinculado à pobreza e ao trabalho manual. Exibido no Festival de Cinema de Abu Dhabi em 2010.

Sobre o diretor

Qays al-Zubaidi nasceu em Bagdá, Iraque. Além de fotógrafo e diretor, atua como crítico e pesquisador de teoria cinematográfica. Formou-se em cinema na High Cinema Institute in Babelsberg, na Alemanha. Seus filmes ganharam diversos prêmios nos festivais de Damasco, Palestina, Bagdá, Cartago, entre outros. Entre suas produções estão The Crown of Thorns, a trilogia Men Under the Sun, The Daily Life of a Syrian Village, The Knife, Beirut, Oh Beirut!, Day of the Land, Returning to Haifa e The Night. Participou como jurado de diversos festivais de cinema (Leipzig, Cairo, Paris, Freiburg e Damasco).
Título original: China Is Still Far
Argélia/França | 2008 | 120 min. | Cor | Digital
Gênero: documentário
Direção e roteiro: Malek Bensmaïl
Idioma: árabe, berbere e francês com legendas em português

Sinopse: Em 1º de novembro de 1954, em uma pequena cidade perto de Ghassira e abrigada nas montanhas Aurès, dois professores franceses e um argelino foram as primeiras vítimas civis da guerra pela independência da Argélia, que durou sete anos. O diretor Malek Bensmaïl retorna àquele lugar simbólico para relatar o cotidiano de seus habitantes. A China ainda está longe é uma expressão argelina que significa que o caminho é muito longo. Na produção, Bensmaïl se refere ao caminho da reconciliação dos argelinos com eles próprios.

Diretor convidado

MALEK BENSMAÏL nasceu na Argélia e estudou cinema em Paris (École Supérieure D´Études Cinématographiques). Dirigiu diversos filmes experimentais em Super-8 antes de se dedicar ao cinema documental. Suas produções são críticas, complexas e desafiadoras. Ele enxerga o documentário como elemento fundamental para reforçar a democracia. Bensmaïl dirigiu vários longas-metragens, como Boudiaf, Assassinated Hope, Algérie(s) e Aliénations.
Título original: Chronicle of the Years of Embers
Argélia | 1975 | 130 min. | Digital
Gênero: ficção
Direção: Mohammed Lakhdar-Hamina
Elenco: Jorgo Voyagis, Mohammed Lakhdar-Hamina, Sid Ali Kouiret, Larbi Zekkal, Nadia Talbi, Leila Shenne, Hassan El Hassani
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: Esse sentimental relato dos eventos que levaram à guerra de independência da Argélia em relação à França foi o primeiro filme do mundo árabe a ser premiado com a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes. Trata-se também de uma exclusiva visão argelina da revolução, que já foi retratada por diversos diretores europeus. A produção apresenta um camponês argelino que luta ao lado das forças aliadas na Segunda Guerra Mundial. Retornando para casa, junta-se à resistência contra o domínio colonial francês, e morre corajosamente na batalha. O legado da luta é transmitido ao seu filho. O filme termina em 11 de novembro de 1954, data oficial do início da guerra de independência da Argélia.

Sobre o diretor

Mohammed Lakhdar-Hamina nasceu em 1934 em M'Sila, Argélia. Seu interesse pelo cinema surgiu no Liceu Carnot, em Cannes, França. Depois de iniciar os estudos de agronomia e de direito em universidades francesas, desertou do exército daquele país em 1958 e juntou-se à resistência antifrancesa da Argélia, na Tunísia. Após a independência da Argélia, em 1962, retornou para sua terra natal, onde, juntamente com seus colegas de exíli, fundou o Office des Actualités Algériennes, do qual foi diretor de 1963 até sua dissolução em 1974.  É tido como uma das figuras mais proeminentes do cinema árabe contemporâneo.
Título original: We Were Communists
Líbano/França/Emirados Árabes Unidos | 2009 | 84 min. | Cor | Digital
Gênero: documentário
Direção: Maher Abi Samra
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: Ao exibir os destinos cruzados de dois amigos que já haviam dividido a mesma ideologia, o filme escancara o legado da guerra civil no Líbano. Na produção, quatro homens narram suas histórias de campo de batalha, seus sonhos despedaçados e desilusões em meio a uma crise política. Audacioso, incisivo e delicado, Éramos comunistas revela a assustadora realidade da paisagem dilacerada do Líbano. Ganhador do prêmio de melhor Documentário de Diretor Árabe ou relacionado à cultura árabe no Festival de Abu Dhabi em 2010.

Sobre o diretor

MAHER ABI SAMRA nasceu no Líbano em 1956. Cursou artes dramáticas em Beirute e estudos audiovisuais em Paris. Trabalhou como fotojornalista para periódicos libaneses e agências internacionais. Dirigiu diversos documentários longas-metragens, como o premiado Chatila Roundabout (2006), exibido exclusivamente pelo Instituto da Cultura Árabe no Espaço Unibanco; Women of Hizbollah (2000) e Chronicles of Return (1995). Entre os seus curtas estão Merely a Smell (2007), Mariam (2006) e My Friend (2003).
Título original: Stars in Broad Daylight
Síria | 1988 | 115 min. | Digital
Gênero: ficção
Direção: Oussama Mohammad
Elenco: Zuheir Abdul-Karim, Maha al-Saleh, Abdullatif Abdul-Hamid, Sabah al-Salem
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: Um casamento duplo em uma pequena aldeia se transforma em drama quando uma das noivas foge no meio da cerimônia e a outra recusa-se a casar. Alternando um humor sarcástico e crítica, o filme mostra como a violência pode estar presente em uma sociedade patriarcal da época e que se infiltra nas relações de família e sociais. Trata-se de um filme histórico, que foi escolhido pela “Quinzena dos Realizadores”do Festival de Cannes daquele ano e considerado uma obra-prima do cinema árabe por muitos críticos e intelectuais.

Sobre o diretor

OUSSAMA MOHAMMAD nasceu em Lattakiya, na Síria, em 1954. É diretor e roteirista. Graduou-se pelo Gerasimove Institute of Cinematography em 1979. Seus filmes focam nas estruturas de poder e nos seus efeitos sobre a identidade individual. Entre suas produções estão Today and Everyday (1986), Estrelas em plena luz do dia (1988) e Sacrifices (2002).
Título original: I Want to See
Líbano/França | 2008 | 75 min. | Digital
Gênero: ficção
Direção: Joana Hadjithomas e Khalil Joreige
Participação especial: Catherine Deneuve e Rabih Mroué
Idioma: francês e inglês com legendas em português

Sinopse: Um homem (Rabih Mroué) e uma mulher (Catherine Deneuve) percorrem as áreas devastadas pela ofensiva de Israel ao sul do Líbano em julho de 2006. É o início de uma aventura inesperada e imprevisível.

Sobre os diretores

JOANA HADJITHOMAS e KHALIL JOREIGE nasceram em Beirute em 1969 e têm trabalhado juntos como cineastas, produzindo filmes de ficção e documentários. Em 1999, escreveram e dirigiram seu primeiro longa-metragem Around the Pink House, seguido de muitos outros, como Ashes, A Perfect Day, Childhood e Eu quero ver. Ambos também atuam como professores universitários.
Título original: The Lost Film
Líbano/França | 2003 | 42 min. | Digital
Gênero: documentário
Direção: Joana Hadjithomas e Khalil Joreige
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: Hadjithomas e Joreige viajam para o Iêmen depois de saberem que alguém roubou o roteiro do primeiro filme deles, Around the Pink House (1999). Os dois se aventuram em uma viagem de Sanaa a Aden, cujo guia considera o cinema um pecado. No caminho encontram um cinema ao ar livre exibindo filmes de Brigitte Nielsen, em um país onde a maioria dos lançamentos é censurada. O filme perdido é uma exploração subjetiva da imagem e do status do cinema do Oriente Médio.

Sobre os diretores

JOANA HADJITHOMAS e KHALIL JOREIGE nasceram em Beirute em 1969 e têm trabalhado juntos como cineastas, produzindo filmes de ficção e documentários. Em 1999, escreveram e dirigiram seu primeiro longa-metragem Around the Pink House, seguido de muitos outros, como Ashes, A Perfect Day, Childhood e Eu quero ver. Ambos também atuam como professores universitários.
Título original: In Pieces
Marrocos | 2009 | 91 min. | Digital
Gênero: ficção
Direção: Hakim Belabbes
Elenco: Ali Itekou, Fatma Itekou, Haj Sayeh Belabbes, Saleh Belabbes e Zoubida Belabbes
Idioma: árabe e francês com legendas em português

Sinopse: Uma crônica fielmente íntima da família do cineasta no Marrocos. Feito a partir de imagens recolhidas ao longo de mais de uma década, Fragmentos capta a passagem do tempo através de gerações. Relato poético de um país feito em um híbrido de primeira pessoa do plural e singular, o filme desloca-se graciosamente entre ficção e não ficção.

Sobre o diretor

HAKIM BELABBES nasceu em 1961 em Boujad, Marrocos. Após se formar em literatura americana e africana pela Universidade Mohamed V, em Rabat (Marrocos), e em literatura africana pela Universidade de Lyon (França), Hakim Belabbes viajou para os Estados Unidos, onde estudou cinema e vídeo no Columbia College (Chicago). Entre 1993 e 1994, ele liderou o Departamento de Audiovisual na Fundação Hassan II, no Marrocos, onde produziu e dirigiu documentários sobre a experiência dos imigrantes do seu país na Europa. Entre seus trabalhos anteriores estão Threads, Why, The Sea, These Hands, Nest In The Heat e Whisper.
Título original: The Misfortunes of Some
Síria/França/Líbano | 1981 | 52 min. | Cor | Digital
Gênero: documentário
Direção e roteiro: Omar Amiralay
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: Hajj Ali ganha a vida como taxista. Mas também administra uma casa funerária, esperando “clientes”diariamente. Enquanto documenta a existência de um homem durante a devastadora guerra civil em Beirute, o diretor Amiralay cria um retrato tragicômico de uma sociedade prisioneira do conflito.

Sobre o diretor

OMAR AMIRALAY nasceu em 1944 em Damasco, na Síria, e faleceu em 5 de fevereiro de 2011. Estudou em Paris, na La Fémis, e voltou para seu país de origem em 1970. Teve uma formação artística diferente dos outros cineastas sírios, cuja grande maioria estudou na União Soviética e no Leste Europeu. Ficou conhecido pelo teor crítico de seus documentários e desempenhou um papel importante nos eventos da Primavera de Damasco de 2000. Sua filmografia é composta por 19 produções, entre elas Everyday Life in a Syrian Village (1974), The Lady of Shibam (1988), Light and Shadows (1994) e A Plate of Sardines (1997). A 7a Mostra Mundo Árabe de Cinema apresenta três produções importantes do diretor em uma homenagem ao seu trabalho corajoso e inovador. Exibe também outras que tiveram forte influência de Amiralay em um movimento importante de formação de cineastas sírios.
Título original: Inland
Argélia/França | 2008 | 138 min. | 35mm
Gênero: ficção
Direção: Tariq Teguia
Elenco: Abdelkader Affak, Ines Rose Djakou e Ahmed Benaissa
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: Malek, um topógrafo taciturno e recluso, está pesquisando uma área remota no oeste da Argélia quando incidentes estranhos começam a ocorrer | explosões no meio da noite, manchas de sangue misteriosas, enxames de policiais rondando. Ao encontraruma jovem africana escondida em seu trailer, ele percebe que a região é uma rotade imigrantes ilegais para a Europa. Com um enredo simples, diálogo mínimo e impressionante cinematografia, o filme espelha os paradoxos da vida política na Argélia atual.

Sobre o diretor

TARIQ TEGUIA nasceu em Argel, Argélia, em 1966. É diretor e escritor. Depois de concluir seus estudos em filosofia e arte, atuou como fotógrafo freelancer para um jornal argelino. Na sua filmografia constam os curtas-metragens Kech'mouvement (1996), The Dog (1996), Scrap Waiting (1998) e The End (2002)>. Rather Than Rome é seu primeiro longa-metragem.
Título original: Light and Shadows: the Last of the Pioneers, Nazih Shahbandar
Síria/França | 1991 | 41 min. | Cor | Digital
Gênero: documentário
Direção: Omar Amiralay, Mohammad Malas e Oussama Mohammad
Idioma: francês e inglês com legendas em português

Sinopse: O filme joga luz sobre o papel pioneiro que teve Nazih Shahbandar na produção do cinema árabe, nos anos 30 e 40. Ele escreveu roteiros, montou um estúdio com equipamentos de filmagem quase de fabricação própria, produziu e dirigiu o primeiro filme com som da Síria e perseguiu o seu sonho de fazer um filme 3D. Esse documentário é uma ode ao artista e aos primeiros anos do cinema árabe.

Sobre os diretores

OMAR AMIRALAY nasceu em 1944 em Damasco, na Síria, e faleceu em 5 de fevereiro de 2011. Estudou em Paris, na La Fémis, e voltou para seu país de origem em 1970. Teve uma formação artística diferente dos outros cineastas sírios, cuja grande maioria estudou na União Soviética e no Leste Europeu. Ficou conhecido pelo teor crítico de seus documentários e desempenhou um papel importante nos eventos da Primavera de Damasco de 2000. Sua filmografia é composta por 19 produções, entre elas Everyday Life in a Syrian Village (1974), The Lady of Shibam (1988), Light and Shadows (1994) e A Plate of Sardines (1997). A 7a Mostra Mundo Árabe de Cinema apresenta três produções importantes do diretor em uma homenagem ao seu trabalho corajoso e inovador. Exibe também outras que tiveram forte influência de Amiralay em um movimento importante de formação de cineastas sírios.
MOHAMMAD MALAS nasceu em 1945 na Síria. Formou-se no Gerasimove Institute of Cinematography, em Moscou, em 1974. Durante o curso, dirigiu A Dream of a Small City (1972). Escreveu o romance Advertisements about a City that Lived Before the War. Seus filmes Dreams of the City e The Night ganharam prêmios internacionais e árabes.
OUSSAMA MOHAMMAD nasceu em Lattakiya, na Síria, em 1954. É diretor e roteirista. Graduou-se pelo Gerasimove Institute of Cinematography em 1979. Seus filmes focam nas estruturas de poder e nos seus efeitos sobre a identidade individual. Entre suas produções estão Today and Everyday (1986), Estrelas em plena luz do dia (1988) e Sacrifices (2002).
Título original: My Heart Beats Only for Her
Líbano | 2008 | 87 min. | Cor | Digital
Gênero: documentário
Direção: Mohamed Soueid
Idioma: árabe, vietnamita e inglês com legendas em português

Sinopse: Através da história de um filho que tenta reconstruir o passado do pai por meio de um diário, o cineasta desenha o retrato de duas gerações de homens que foram revolucionários nos anos 70. Esse é um voo poético, que contempla o tempo passado, em que jovens sonhavam em mudar o mundo com suas próprias mãos, e depois o presente, em que os rapazes querem apenas a segurança de um trabalho assalariado. Exibido no Festival de Cinema de Abu Dhabi em 2009.

Sobre o diretor

MOHAMED SOUEID nasceu em 1959 em Beirute, Líbano. Inicialmente estudou química na Universidade Libanesa. Apaixonado pelos livros e em contar histórias, ao terminar a faculdade iniciou a carreira de crítico de cinema. Em seguida começou a trabalhar como diretor-assistente para diversos cineastas de seu país, como Rafik Hajjar, Samir Ghosaini e Jocelyne Saab. Após dirigir seu primeiro filme, Absence (1990), começou a realizar seus próprios documentários e trabalhos para televisão, quando se tornou conhecido pela trilogia autobiográfica de longas-metragens Tango do desejo (1998), Nightfall (2000) e Civil War (2002). Com o primeiro, ganhou o prêmio de melhor diretor de documentário no Festival Internacional de Cinema de Beirute.
Título original: My Father Is Still a Communist
Líbano/Emirados Árabes Unidos | 2011 | 32 min. | Digital
Gênero: documentário
Direção: Ahmad Ghossein
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: Tudo o que restou do relacionamento dos pais do diretor, Ahmad Rachid Ghossein e Hamade Maream, são gravações de cartas de amor ao longo de dez anos durante a guerra civil no Líbano. Quando era criança, ao ouvir os áudios, Ahmad Ghossein inventou histórias sobre um pai que era herói de guerra pelo Partido Comunista.

Diretor convidado

AHMAD GHOSSEIN nasceu em Beirute, Líbano, em 1981. É cineasta e formado em Artes Cênicas pela Universidade Libanesa. Ganhador do Prêmio de Melhor Diretor no Festival de Cinema Internacional de Beirute (2004) com o curta Operation N. Já dirigiu vários filmes e documentários, entre eles 210 m e An Arab Comes to Town. Também é intérprete e um dos fundadores da Maqamat Dance Theatre, companhia de dança contemporânea em Beirute.
Título original: The Mirage
Marrocos | 1979 | 110 min. | Digital
Gênero: ficção
Direção: Ahmed Bouanani
Elenco: Mohamed Habachi, Mohamed Said Afifi, Fatima Regragui, Mustapha Mounir, Mohamed Rzine
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: Ao tentar trocar o dinheiro que encontrou em sacos de farinha, um jovem camponês vive uma viagem pelos labirintos das áreas mais escuras e hostis da cidade. O filme é permeado de alusões à literatura e ao cinema, à história e tradição oral marroquinas e ao fantasma sempre presente do colonialismo. A miragem é o único longa-metragem de Bouanani e teve papel fundamental ao trazer a experimentação para o cinema do Marrocos.

Sobre o diretor

AHMED BOUANANI nasceu em 1938 no Marrocos. Ajudou a fundar o grupo Sigma 3 (com Tazi e Hamid Benani). Em meados dos anos 60 começou a fazer curtas-metragens. Em 1970, trabalhou como editor e roteirista de vários filmes no Marrocos. Sua produção A miragem (1979) é um marco no cinema daquele país. Faleceu em 2011. A 7a Mostra apresentará dois filmes de Ahmed Bouanani, 6 ou 12 e A miragem, que serão comentados pelo diretor Ali Essafi. Essa é uma homenagem ao grande cineasta em uma pequena representação de sua obra.
Título original: Okay, Enough, Goodbye
Líbano/EUA/Emirados Árabes Unidos | 2011 | 93 min. | Digital
Gênero: ficção
Direção: Rania Attieh e Daniel Garcia
Elenco: Daniel Arzrouni, Nadimé Attieh, Walid Ayoubi, Nawal Mekdad, Sablawork Tesfay, Theodor Hakim, Nazem Attié, William Samaha
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: O filme relata a história de um homem beirando os 40 anos que vive com sua mãe idosa. Ele se utiliza da suposta dependência dela como desculpa para não ter uma vida própria. Até que um dia, sem avisar, sua mãe muda para outra cidade. A característica de estreia de Attieh e Garcia é uma incisiva desconstrução da masculinidade e uma meditação graciosa sobre a inércia, a solidão e a covardia. Ganhador do prêmio de melhor filme Narrativo de um Novo Diretor do Mundo Árabe no Festival de Abu Dhabi em 2010. Recipiente do Fundo Sanad.

Sobre os diretores

RANIA ATTIEH nasceu em Trípoli, Líbano, em 1977. Estudou roteiro e direção no City College de Nova York. Seus filmes foram exibidos em muitos festivais, entre eles no MoMA, naquela cidade onde ela reside e trabalha.
DANIEL GARCIA nasceu no sul do Texas, nos Estados Unidos. Formou-se em cinema na Universidade de Nova York. Com Ok, basta, adeus, seu primeiro longa, ganhou, junto com Rania, o prêmio Pérola Negra de melhor novo diretor do mundo árabe, em 2010, no Festival de Cinema de Abu Dhabi.
Título original: Ouarzazate, the Movie
Marrocos/França | 2001 | 57 min. | Digital
Gênero: documentário
Direção e roteiro: Ali Essafi
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: O documentário é um retrato cômico da pequena cidade de Ouarzazate. Situada ao sul do Marrocos, nela o sol brilha o ano inteiro e sua paisagem, com um exótico deserto, compõe o estereótipo que se faz do Oriente Médio. Em razão disso, o lugar passou a atrair diversos cineastas, seus elencos e equipes de produção, impactando fortemente na economia da cidade. Nesse cenário, Essafi volta sua câmera para os diretores mal-humorados, figurantes e para um charmoso ator veterano que uma vez trabalhou com o cineasta italiano Pier Paolo Pasolini. Dessa forma, ele revela a estranha realidade da indústria cinematográfica transnacional e a disparidade entre o cinema mágico e sua realidade econômica.

Diretor convidado

ALI ESSAFI nasceu em 1963 no Marrocos. Formou-se em psicologia na França. Um dos documentaristas mais premiados de seu país, tem entre suas produções General, Here We Come! (1997), The Silence of the Beet Fields (1998), além de Ouarzazate, o filme (2001). Trabalhou como conselheiro para o canal da televisão pública marroquina por três anos. Atualmente vive e trabalha entre seu país de origem e o Brasil.
Título original: Wanted
Marrocos /Emirados Árabes Unidos | 2011 | 27 min. | Digital
Gênero: documentário
Direção e roteiro: Ali Essafi
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: Conhecida como os anos de chumbo, a década de 70 no Marrocos foi marcada por severa repressão policial sobre os dissidentes do regime político, com prisões arbitrárias, torturas e detenções secretas. Para sobreviver, diversos ativistas viveram clandestinamente. Essafi se utiliza de imagens de arquivo para contar a história de Aziz, um rapaz de 23 anos que sonha com a democracia. O protagonista se esconde sob uma identidade falsa por dois anos até que é descoberto e preso.

Diretor convidado

ALI ESSAFI nasceu em 1963 no Marrocos. Formou-se em psicologia na França. Um dos documentaristas mais premiados de seu país, tem entre suas produções General, Here We Come! (1997), The Silence of the Beet Fields (1998), além de Ouarzazate, o filme (2001). Trabalhou como conselheiro para o canal da televisão pública marroquina por três anos. Atualmente vive e trabalha entre seu país de origem e o Brasil.
Título original: How Much I Love You
Argélia | 1985 | 105 min. | Digital
Gênero: documentário
Direção: Azzeddine Meddour
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: O filme começa abordando a questão agrícola na Argélia colonizada e termina desvendando o segredo dos testes nucleares feitos naquele país pela França nos anos 50. O quanto eu te amo se apropria de imagens de arquivo produzidas pela potência colonial francesa na Argélia. A abordagem de Meddour é marcante e ao mesmo tempo, simples e inspiradora. Sua crítica ao discurso colonial é sublinhada por uma tônica bem-humorada.

Sobre o diretor

AZZEDDINE MEDDOUR nasceu na Argélia em maio de 1947 e faleceu em 16 de maio de 2000. Estudou literatura francesa na Universidade de Argel e cinema em Moscou (Gerasimove Institute of Cinematography). Trabalhou na RTA, televisão argelina, em que produziu inúmeros curtas-metragens e documentários. Dirigiu e escreveu filmes como Baya's Mountain (1997).
Título original: Tango of Yearning
Líbano | 1998 | 70 min. | Digital
Gênero: documentário
Direção: Mohamed Soueid
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: O título do filme é baseado na música “Tango da esperança” de Nur Al-Huda. Na produção, o cineasta procura reconstruir os traços dispersos de várias paixões - relacionamentos amorosos, cinema, a cidade de Beirute - à sombra da guerra civil. Extremamente subjetivo e sentimental, o filme reflete sobre os paradoxos da vida e da memória, concluindo com uma meditação sobre a dor e o perdão.

Sobre o diretor

MOHAMED SOUEID nasceu em 1959 em Beirute, Líbano. Inicialmente estudou química na Universidade Libanesa. Apaixonado pelos livros e em contar histórias, ao terminar a faculdade iniciou a carreira de crítico de cinema. Em seguida começou a trabalhar como diretor-assistente para diversos cineastas de seu país, como Rafik Hajjar, Samir Ghosaini e Jocelyne Saab. Após dirigir seu primeiro filme, Absence (1990), começou a realizar seus próprios documentários e trabalhos para televisão, quando se tornou conhecido pela trilogia autobiográfica de longas-metragens Tango do desejo (1998), Nightfall (2000) e Civil War (2002). Com o primeiro, ganhou o prêmio de melhor diretor de documentário no Festival Internacional de Cinema de Beirute.
Título original: The Three Disappearances of Soad Hosni
Líbano/Emirados Árabes Unidos | 2011 | 70 min. | Digital
Gênero: documentário
Direção: Rania Stephan
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: O filme remete a uma era arrebatadora e versátil da produção cinematográfica egípcia a partir do trabalho de uma de suas estrelas mais reverenciadas, Soad Hosni. A atriz encarnou papéis mostrando a mulher árabe moderna dos anos 60 aos 90, apresentando a complexidade e os paradoxos.

Sobre a diretora

RANIA STEPHAN nasceu em Beirute, no Líbano. Estudou cinema na Austrália e na França. Trabalhou como engenheira de som, editora, assistente de direção e produtora junto a cineastas de renome como Simone Bitton e Elia Suleiman. Seus filmes recentes incluem Tribe (1993), Attempt at Jealousy (1995), Arrest at Manara (2003),  Kimo the Taxi (2003), Wastelands (2005), Lebanon/War (2006) e  Damage, for Gaza “The Land of Sad Oranges” (2009), entre outros.
Título original: Domestic Tourism II
Egito | 2009 | 62 min. | Digital
Gênero: ficção
Direção: Maha Maamoun
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: Utilizando exclusivamente imagens de outros filmes egípcios que têm as pirâmides como pano de fundo, Turismo doméstico II mostra como esses monumentos emblemáticos foram explorados. Sugere ainda como podem ser reapropriados a partir da atemporalidade do postal turístico e reinscritos nas narrativas urbanas. Exibido no Festival de Cinema de Abu Dhabi em 2010.

Diretora convidada

MAHA MAAMOUN nasceu na Califórnia, Estados Unidos, mas cresceu, vive e trabalha no Cairo, Egito. Atua na área da fotografia e vídeo. Seu trabalho tem sido amplamente apresentado em exposições internacionais.  É um dos membros fundadores do Coletivo de Imagem Contemporânea (CIC), espaço de cultura e arte contemporânea no Cairo.
Título original: Summer 70
Egito/Itália | 1970-71 | 63 min. | Digital
Gênero: ficção
Direção: Nagy Shaker e Paolo Isaja
Idioma: italiano com legendas em português

Sinopse: O filme de estreia da dupla Shaker e Isaja nos leva a uma reflexão sobre a liberdade na virada da década de 70, utilizando o vocabulário completo do cinema experimental para evocar as vivências dos jovens da época. É também um clássico do cinema experimental árabe que marca uma geração. Exibido no Festival de Cinema de Abu Dhabi em 2010.

Sobre os diretores

NAGY SHAKER E PAOLO ISAJA, após se conhecerem na Escola de Cinema de Roma, no período em que Nagy Shaker estudava design de palco em Roma e Isaja Paolo frequentava um cineclube para se especializar em cinema experimental, decidiram colaborar com seus projetos de filmes. Com a ajuda de amigos, iniciaram a produção do primeiro longa-metragem da carreira, Verão de 70.
Título original: Long Live The Man!
Argélia | 1971 | 76 min. | 35mm
Gênero: documentário/ficção
Direção: Mohamed Zinet
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: Misturando documentário e ficção, Zinet presta uma homenagem à cidade de Argel, capital da Argélia. De forma hábil, promove a justaposição de cenas de uma população que recém adquiriu sua soberania após a colonização francesa. Mostra, com muito humor, imagens de desentendimentos com a polícia, delineando as atribulações que o país enfrenta após a revolução. Considerado um clássico na Argélia, o filme é uma reflexão sobre o destino da sociedade pós-colonial.

Sobre o diretor

MOHAMED ZINET nasceu em 1932 em Argel, na Argélia, e faleceu em 1995 em Bondy, na França. Foi diretor de teatro, dramaturgo, ator e poeta. Oficial da Frente de Libertação Nacional (FLN) durante a revolução, foi ferido e enviado para Túnis, capital da Tunísia, onde acabou integrando o grupo de arte da FLN, que precedeu a fundação do Teatro Nacional Argelino. Estudou no Berliner Ensemble (1959) e no Munique Kammerspiele (1961), ambos na Alemanha. De volta ao seu país de origem, ajudou a criar a Companhia de Filmes Casbah. Seu filme mais conhecido é a comédia Tahia ya Didou (1971).

Um olhar contemporâneo

Título original: Born on 25th of January
2011 | Cor | 80 min. | Digital
Gênero: documentário
Direção e roteiro: Ahmed Rashwan
Idioma: árabe com legendas em português
Sinopse: O documentário acompanha o início da revolta popular que derrubou, em 2011, o ditador egípcio Hosni Mubarak, apresentando os diferentes pontos de vista dos participantes. O levante popular iniciado em 25 de janeiro no Egito tornou-se um ícone da Primavera Árabe de 2011 e é tambem um chamado para a continuidade da revolução em curso.

Sobre o diretor

AHMED RASHWAN nasceu no Egito. Possui uma filmografia que inclui curtas, documentários e um longa-metragem, o premiado Basra (2008). Graduou-se pelo Instituto de Cinema do Cairo, em 1994. Desde então, trabalha pela promoção do cinema independente egípcio. Em 2002 escreveu, junto com Hossam Elouan, um livro sobre o cinema independente árabe. Encontro com o diretor:
21/7, após a exibição do filme – Centro Cultural Banco do Brasil
Encontro com o Diretor de Nascido em 25 de Janeiro, Debate sobre o Egito e a Primavera Árabe
Título original: Laïcicité Inch´Allah
Tunísia/França | 2011 | Cor | 72 min. | Digital
Gênero: documentário
Direção e roteiro: Nadia El Fani
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: Agosto de 2010, em pleno Ramadan, sob o comando do ditador Ben Ali e apesar da censura, Nadia El Fani filma uma Tunísia que mostra o início do movimento pela liberdade de consciência, especialmente em sua relação com a religião. Três meses mais tarde, começa a revolução local, presenciada por Nadia. Enquanto o mundo árabe passa por uma fase de transformação, a Tunísia é novamente o país de experimentação quanto à religião. Quais serão os desafios e a vontade do povo após essa revolução?

Sobre a diretora

NADIA EL FANI nasceu em Paris, França, filha de pai tunisiano e mãe francesa. Estagiou nas filmagens de Besoin d'amour, de Jerry Schatzberg, em 1982. Trabalhou ainda com diversos diretores, como Roman Polanski, Nouri Bouzid e Romain Goupil. A partir dos anos 90, dirigiu curtas e fundou a produtora Z'Yeux Noirs Movies. Em 2003 lançou seu primeiro longa-metragem, Bedwin Hacker.

Um olhar brasileiro

Título original: Constantino
Brasil | 80 min
Gênero: documentário
Direção: Otavio Cury
Idioma: árabe e português

Sinopse: Em uma viagem à Síria, o diretor Otavio Cury descobre um livro escrito por seu bisavô, Daud Constantino Al-Khoury. A tradução para o português é o primeiro passo de uma viagem pessoal pelo passado. Após buscas e descobertas, o diretor verifica que a obra fala da vida do poeta e um dos pioneiros do teatro árabe, uma faceta da história de seu bisavô que ele desconhecia. As reflexões passam pela história perdida e pelos desafios dos dias atuais, já que tudo começa em 11 de setembro de 2001.

Sobre o diretor

OTAVIO CURY formou-se em agronomia pela Universidade de São Paulo (USP) em 1994. Seu primeiro trabalho como diretor foi o documentário Cosmópolis (2005), apresentado também pelo Instituto da Cultura Árabe em 2008. É sócio da produtora Outros Filmes, em São Paulo.

COQUETEL DE LANÇAMENTO: 28/6, às 20h30, CineSESC - Encontro com o diretor

Encontros com o diretor:
30/6, às 20h30 - Cinemateca
17/7, após a sessão das 19h30 - Centro Cultural Banco do Brasil
Título original: Sobre Futebol e Barreiras
Brasil | 2011 | 110 min. | Digital
Gênero: documentário
Direção: Arturo Hartmann, Lucas Justiniano, José Menezes, João Carlos Assumpção
Roteiro: Arturo Hartmann, Lucas Justiniano
Idiomas: inglês, hebraico, árabe e português

Sinopse: No momento em que israelenses e palestinos torcem por times durante a Copa do Mundo de 2010, são discutidas questões-chave da história e da sociedade daquele território. Entre os personagens, um judeu israelense que torce pela Alemanha, um árabe que foi um dos principais jogadores da história do futebol de Israel e um palestino que mistura futebol e política na visão que tem de seu povo. Um filme que mostra os sentimentos de inconformismo e de esperança dos participantes, que reflete o que os distancia e ao mesmo tempo, aproxima.

Sobre os diretores

ARTURO HARTMANN trabalha desde 2005 como repórter, retratando assuntos ligados ao Oriente Médio. Escreve como freelancer para o site OperaMundi e revista Caros Amigos De 2005 a 2009 foi editor e repórter do ICArabe.
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO é jornalista, escritor e colunista do diário Lance!, cobriu cinco Copas do Mundo e três Olimpíadas. Autor de três livros sobre futebol. Foi repórter e correspondente em Nova York da Folha de S. Paulo.
JOSÉ MENEZES foi coprodutor do longa-metragem Hotel Atlântico e atuou como diretor de fotografia no longa Vai-Vai: 80 anos nas ruas. Atuou como produtor, editor e assistente de direção em curtas-metragens.
LUCAS JUSTINIANO trabalha com audiovisual desde 2003. Como roteirista, atuou em programas de televisão como ShowIg e Nepsa. Como editor, trabalhou em documentários para diretores de renome, como Tatá Amaral, ”O rei do Calimã”.




DIREÇÃO CULTURAL E PRODUÇÃO

Nágila Guimarães cursou economia na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), em Belo Horizonte, comércio exterior na University of California (UCLA), em Los Angeles, e produção de vídeo e distribuição na New School For Social Research, em Nova York. Co-fundadora do WIFT-Brasil, Women In Film and Television. Idealizadora e cocuradora da Mostra de Cinema Árabe realizada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, em 2011. Idealizadora e curadora da Mostra de Cinema Georgiano para os CCBBs do Rio de Janeiro e São Paulo, em 2009. Trabalha para o Festival de Cinema de Abu Dhabi desde 2008 e atuou junto ao Miami International Film Festival de 2003 a 2010. Produtora do documentário Please Talk to Kids About Aids (2006). Participou do Sundance Film Festival em 2002. Cofundadora e sócia da Imagination Plus, Dubai, de 1997 a 1999, foi representante da Vidart (Produtora e distribuidora de vídeos), em Nova York, de 1993 a 1996.

Soraya S. Smaili é professora livre-docente da Universidade Federal de São Paulo. Graduada pela Universidade de São Paulo (USP), fez mestrado e doutorado pela Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Medicina e pós-doutorado na Thomas Jefferson University e no National Institutes of Health (NIH), nos Estados Unidos. Foi secretária regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Participou da fundação do Instituto da Cultura Árabe (ICArabe), sendo sua presidente de 2004 a 2008. Atualmente é diretora Cultural e Científica da entidade. Em 2005 idealizou a Mostra Mundo Árabe de Cinema, tendo sido curadora das edições de 2008 a 2010. Foi diretora cultural das mostras de cinema árabe e de fotografia do ICArabe.